domingo, 20 de janeiro de 2013

*-*"

Isso mulher, deixa o vento tocar o teu rosto, fecha os olhos e gira como se ninguém ao redor pudesse achar isso meio bizarro ou absurdo. Sai de si, mulher, dança! Mergulha em bem mais que sete ondas, esquece essa história de pular, você sabe que tá na hora de viver então chega de fugir, cai de cabeça, se machuca mesmo, mas levanta, sorri do caldo e encara a próxima onda, pronta pra repetir tudo de novo. Começa a sentir orgulho de si, você tem um lado bom grande demais pra ser desperdiçado nessa amargura de sentir a intensidade da vida. Aprende a sentir mais sutil, eu te ajudo se quiser. Segura minha mão! Vem dançar comigo! Eu toco 'Los Hermanos' se você quiser. Mas você precisa cantar comigo como quem expulsa os demônios. Precisa me mostrar mais desses sorrisos, chorar se der vontade, mas chorar da emoção de se sentir esvaziando as dores, as mágoas, os machucados. Eu preciso disso, preciso te ver gargalhando feito criança boba, com os olhos apertados pelo sorriso e as covinhas a amostra pra quem quiser ver, pra quem quiser constatar a veracidade de quem é feliz. Vai, mulher, vai sozinha ou vem comigo, você decide a melhor forma, mas não foge mais de ser você, não foge de deixar o mundo em alarde pela beleza gritante de quem finalmente aprendeu a viver. Olha o céu, mulher, tá tudo tão azul!

sábado, 19 de janeiro de 2013

Mas acontece, meu bem, que quem ama aprende a se bastar e se descobrir e se conhecer e se reconhecer todo dia, não importa onde estejam, se segurarem um a mão do outro aposto que não vão precisar de mais nada, não vão pensar em mais ninguém. E tudo que for de vontade e desejo e sonhos e planos... vai tudo pairar alí, sobre os dois como se não houvesse mundo além daqueles sentimentos. Você não consegue se sentir assim? Então sinto muito, mas ainda parece estar longe do 'amor', o que você diz sentir.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Amável Inspiração

‎"Você só deveria saber que eu também conheço outras histórias e mergulho em outros olhares e me perco em outras bocas, outros gostos, outras vontades. Você deveria saber que nem sempre isso me preenche e que algumas vezes até prefiro estar sozinho, mas você também deveria saber que acordei várias vezes com outros corpos ao meu lado, me presenteando com outros sorrisos e outros cheiros, e com felicidades que não que não foram motivadas por você. Mas acima disso, você deveria saber que a cada dia que passa, o que sinto diminui, e fica menos intenso e mais superficial, mais carnal, mais desprezível até. Você deveria realmente saber, que tem perdido o melhor de mim e me tornado meu maior perigo. Com ou sem intenção, você tem despertado os meus defeitos e as minhas vontades negativas, mas não tem ficado por perto pra me ajudar a manter o controle e é justamente por isso que acho que você deveria finalmente saber que ficar longe de mim, é a única coisa que vai te manter seguro agora."

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

É lei.

‎"Você só tem que entender que não precisa de ninguém. Mas que precisa sobretudo, aprender a gostar da própria companhia e entender que a solidão não é assim tão assustadora. O ideal é saber que aquelas pessoas que te fazem bem, vão embora sem explicação a qualquer instante ou que talvez até fiquem por mais algum tempo, mas assim, elas estarão ainda mais sussetiveis a te magoar. As vezes, sem a menor intenção disso... mas outras, com cada detalhe minimamente planejado. Por que errar com quem a gente gosta, não é algo tão fácil de evitar. E continuo dizendo... você tem mesmo é que apender a desabafar sozinho, escrevendo, cantando, tocando, desenhando, seja como for, você não pode depender de alguém sempre que for necessário chorar ou falar sobre o que te preocupa. Não dá pra ficar esperando que alguém esteja disposto a te ajudar a aliviar o 'nó na garganta' sempre que o mesmo resolver aparecer. Você tem que estar sabendo que haverão dias em que a única coisa que você vai querer e precisar, vai ser um abraço sem ser necessária nenhuma palavra, apenas um abraço apertado e silencioso... mas em algumas dessas vezes, ninguém estará disposto a te proporcionar isso. Você vai precisar se virar sozinho quando esse tipo de coisa acontecer. Nem que pra isso, você precise ir pra casa engolindo o choro, se trancar no quarto e dormir no escuro abraçando um travesseiro, achando o mundo injusto e pedindo a um deus qualquer que ele seja capaz de fazer as coisas mudarem. Você sabe que estou certa, então não conteste... não duvido que isso já tenha te acontecido algumas vezes até hoje. No fundo, você concorda com tudo que estou dizendo, só não tenho certeza se é corajoso o suficiente pra admitir e seguir dessa forma. O que me faz lembrar que você também precisa aprender a se ouvir e a seguir os próprios concelhos, as próprias intuições e as próprias vontades, não importa o quanto elas pareçam insanas. O mundo não se importa com quantas feridas você vai ter, nem quantas vezes vai cair, nem se vai sorrir no dia seguinte. As pessoas estão preocupadas realmente é com o teu status e com o que tu faz que aparentemente se encaixa ao padrão no qual elas estão acostumadas. O mundo, ele não vai parar por que você perdeu alguém ou por que você foi um trouxa e resolveu se apegar a quem não devia, ou por que as pessoas não cansam de te decepcionar nem de te machucar, de mentir pra ti e de te tratarem como idiota. Você tem que colocar na cabeça que é cada um por si e que poucos são os que realmente vão ser diferente, então não dá pra confiar numa minoria e nem pra torcer que cada nova pessoa faça parte daqueles que não são escrotos.  Ninguém vai estar preocupado se você amou demais ou se fez muito por alguém, se se doou ou se te deixaram esgotado por ter dado do melhor de si. Entenda isso...cada uma dessas coisas e algumas outras, entenda e aceite que a vida é bem mais simples do que parece e garanto que assim vai ser bem mais fácil deixar de ser e agir e se sentir tão perfeitamente patético."

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Passo horas sem lembrar e sem precisar fazer o menor esforço pra isso. Mas as vezes é tão difícil que me enlouquece...constantemente é difícil demais. E nunca falo isso pra ninguém. Eu se quer estaria escrevendo se dessa vez não estivesse tão descontroladamente confusa. 'Raiva' deveria ser a palavra mas infelizmente não é e isso me inquieta de foma violenta. Eu quero sentir raiva, ódio, rancor, eu quero alimentar esse machucado pra que ele consuma meu pensamento e nunca mais eu possa esquecer de tudo, pra não cair outra vez nas mesmas armadilhas. Consigo ser clara? Mas ao invés disso, minha cabeça se enche de perguntas das quais nunca vou ouvir as respostas. Eu só queria entender o por que. Só isso e estaria pronta pra esquecer, e perdoar, e nunca mais lembrar, e seguir meu caminho, e te deixar seguir o teu. Só queria entender. Parece difícil? Você poderia ao menos me explicar o que eu fiz pra merecer tudo isso? Pra merecer esses machucados e essa maneira brusca e dolorosa de me forçar a mudar...o que eu fiz? O que eu fiz pra ti que te fez me odiar tanto assim? E brincar comigo tanto assim? Por favor...só quero uma explicação sensata e não-covarde encarando os meus olhos e falando nada além do que possa ser verdade, por mais dolorosa que seja, eu preciso disso pra seguir em frente. E seguir em paz.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

V.I.Q.O - Heterônimo Recomposto (Fora do padrão) - Minutos Seguintes


Talvez a minha angústia não seja dor. A gente se dói quando perde quem gosta, mas quem gosta de verdade. Eu me sinto doer quando perco quem gosto. Mas nesse caso não. Eu gostava, acredite, mas me sinto doer por todas as farsas sob as quais fui submetida. Sabe quando a gente se sente mal por ter sido ingênua e acreditado em um conjunto de mentiras? Sabe quando a gente tem um sonho que de repente vira um pesadelo e acorda tentando lembrar em que momento tudo reverteu tanto assim? É basicamente isso. Pouco importa quem partiu dessa vez, se partiu por escolha própria. Perdeu a mim e a todas as possibilidades que eu podia lhe oferecer. Modéstia parte, sei que vou fazer falta. (Risos) Ou talvez não. É, por que, quando as pessoas são desonestas, idiotas, escrotas e indignas, elas não se importam com ninguém... É como um viver inventado. É isso... eu fiz parte de um ‘viver inventado’. Tanto choro, tanta frase feita, abraço ensaiado, riso forçado, tudo tão nítido que não me conformo com o fato de só agora perceber isso. Achei que fosse mais esperta, eu diria. Diria se quem protagonizou cada uma das cenas citadas acima, não fosse uma atriz profissional. A ‘Globo’ é pouco, claro, pra quem merece Hollywood. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O pior não é se sentir sozinha. Não é nem mesmo sair de casa sufocada por uma tristeza inexplicável, ir pra uma rua deserta e sentar perto de uma árvore quieta, sem saber o que pensar ou como fazer o tempo passar. O pior não é olhar no espelho e encarar o próprio reflexo sentindo que suas vontades não fazem sentido, que a vida realmente teveria seguir um rumo diferente se você soubesse como. Juro... Você acreditaria se algum dia se sentisse assim, mas o pior não é não fazer a menor ideia de como reverter os próprios passos. É tentar recuar e dar com a cara na parede por que os caminhos passados vão se esvaindo confome você avança. É observar pessoas na rua e ter uma única frase se repetindo na cabeça como se um narrador psicótico quisesse te deixar pra baixo.  "Por que raios não posso ser normal?" É bem mais que isso. O pior tentar modificar as coisas e se sentir uma palhaça bizarra ao espelho, é rir sem graça da própria 'falta de jeito' e se trancar no quato em seguida desistindo de sair. Por que é bem pior quando 'passar a noite inteira no escuro ouvindo musica' parece bem mais atraente que encontrar com qualquer pessoa. Mas você nao saberia, tenho certeza, você acharia que é bobagem. Eu não sei bem, é. Você deveria ao ignorar o que digo ou escrevo. Estou fora de mim, tenho dito. Os meus pensamentos estão fora... em algum lugar bem perto de Nárnia, acredito... e em troca, algum desvairado-estranho-patético-tosco me emprestou coisas pra pensar. Só pode. É isso, ou quem tem enlouquecido sou eu. Nao sei... apenas me ignore, eu precisava falar e acabei escrevendo essas coisas. Nada faz sentido pra você e talvez nem tanto pra mim... mas as palavras me dão espaço pra respirar, e é por isso, unicamente por isso que ainda insisto em escrever.