quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Passo horas sem lembrar e sem precisar fazer o menor esforço pra isso. Mas as vezes é tão difícil que me enlouquece...constantemente é difícil demais. E nunca falo isso pra ninguém. Eu se quer estaria escrevendo se dessa vez não estivesse tão descontroladamente confusa. 'Raiva' deveria ser a palavra mas infelizmente não é e isso me inquieta de foma violenta. Eu quero sentir raiva, ódio, rancor, eu quero alimentar esse machucado pra que ele consuma meu pensamento e nunca mais eu possa esquecer de tudo, pra não cair outra vez nas mesmas armadilhas. Consigo ser clara? Mas ao invés disso, minha cabeça se enche de perguntas das quais nunca vou ouvir as respostas. Eu só queria entender o por que. Só isso e estaria pronta pra esquecer, e perdoar, e nunca mais lembrar, e seguir meu caminho, e te deixar seguir o teu. Só queria entender. Parece difícil? Você poderia ao menos me explicar o que eu fiz pra merecer tudo isso? Pra merecer esses machucados e essa maneira brusca e dolorosa de me forçar a mudar...o que eu fiz? O que eu fiz pra ti que te fez me odiar tanto assim? E brincar comigo tanto assim? Por favor...só quero uma explicação sensata e não-covarde encarando os meus olhos e falando nada além do que possa ser verdade, por mais dolorosa que seja, eu preciso disso pra seguir em frente. E seguir em paz.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

V.I.Q.O - Heterônimo Recomposto (Fora do padrão) - Minutos Seguintes


Talvez a minha angústia não seja dor. A gente se dói quando perde quem gosta, mas quem gosta de verdade. Eu me sinto doer quando perco quem gosto. Mas nesse caso não. Eu gostava, acredite, mas me sinto doer por todas as farsas sob as quais fui submetida. Sabe quando a gente se sente mal por ter sido ingênua e acreditado em um conjunto de mentiras? Sabe quando a gente tem um sonho que de repente vira um pesadelo e acorda tentando lembrar em que momento tudo reverteu tanto assim? É basicamente isso. Pouco importa quem partiu dessa vez, se partiu por escolha própria. Perdeu a mim e a todas as possibilidades que eu podia lhe oferecer. Modéstia parte, sei que vou fazer falta. (Risos) Ou talvez não. É, por que, quando as pessoas são desonestas, idiotas, escrotas e indignas, elas não se importam com ninguém... É como um viver inventado. É isso... eu fiz parte de um ‘viver inventado’. Tanto choro, tanta frase feita, abraço ensaiado, riso forçado, tudo tão nítido que não me conformo com o fato de só agora perceber isso. Achei que fosse mais esperta, eu diria. Diria se quem protagonizou cada uma das cenas citadas acima, não fosse uma atriz profissional. A ‘Globo’ é pouco, claro, pra quem merece Hollywood.