quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Outra vez, o tom de cinza nas núvens.

Repetia frases feitas com tanta convicção que vez por outra, eu mesma me encontrava tendo de decidir se podia ou não acreditar no que tinha acabado de falar. Mas fazia isso como uma espécie de proteção, sabe? Se ousasse dizer o que realmente estava sentindo, aposto que em menos de alguns segundos, estaria completamente sozinha sob incontáveis olhos julgadores. Talvez houvessem mesmo aqueles que ficariam por perto segurando a minha mão, esperando pra fugir ao meu lado quando eu decidisse explodir, porém, já me senti sozinha por tanto tempo que é extremamente dificil acreditar que haja alguém disposto a cuidar de mim. É, 'havia um nó na garganta impossível de expressar em palavras', ia me sufocando lentamente, tirando a respiração, mecanizando os sorrisos... Acabou... Acabou e eu estava partindo como quem tem plena certeza do quanto ainda está por vir mas é covarde demais pra se deixar sentir.

domingo, 18 de setembro de 2011

Embora fizesse todo o possível pra manter a cabeça erguida, era inegável em seus olhos o esforço que fazia pra conter as lágrimas. Não que ainda fosse tolo o bastante para amar alguém que nem ao menos parecia se importar, mas sentia tamanha falta de tudo...era tanta saudade apertando-lhe o peito que por vezes,até para sorrir tinha dificuldadeNa cabeça, a sensatez disputava com os pensamentos involuntários que insistiam em repetir velhas cenas, frases, cartas enviadas, instantes passados... Reaprendeu a andar, passo a passo, pouco a pouco, até conseguir finalmente seguir em frente olhando pra trás o menos possível. Vez por outra, ainda tropeça nos próprios pés, é verdade, mas ele cresceu tanto com tudo que agora consegue enxugar as próprias lágrimas, levantar e seguir outra vez. E mais uma, e outra, e quantas vezes forem necessárias pra finalmente conseguir correr.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Aperto no peito.


Precisava de um tempo pra mim mesma. Pensar, pensar, pensar... Talvez a vida, assim, se tornasse menos complicada, um pouco mais organizada, entende? É que quando eu paro pra observar meus dias, encontro tudo tão fora do lugar que nem mesma 'eu' me encaixo nessa rotina de vontades contidas, sonhos esquecidosfrustrações repetitivas... Acordar e seguir o dia como se pudesse fazer diferente e sempre dar de cara com a incapacidade dolorosa de fazer mudar. Respirar fundo ao abrir os olhos e por mais irônica e incrédula que soe, repetir pela milésima vez mais um:"-Meu Deus, o que mais pra hoje?" num suspiro derrotado que vem do cantinho profundamente tímido do mais inquieto dos corações. Tem parecido um sonho, sabia? As vozes, os acontecimentos, as pessoas se distanciando... ou talvez, seja apenas eu quem quer acreditar nisso; "-É apenas um sonho, tudo vai ficar bem quando eu finalmente despertar."

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ultimamente.

"Não que sofresse por amor, o que sentia era um pouco mais complexo, estava frustada pela falta dele."
 Moniky Oliveira

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Você não saberia.

Quebrar a privacidade alheia era -naquele caso- como expor e jogar em praça pública, um coração ferido. Pior que os olhares de crítica, tinham também os murmúrios daqueles que nada fazem de útil com suas vidinhas medíocres além de brincar de ser Deus e julgar uns aos outros. Hipócritas idiotas.
Baldes de água fria e salgada em seus sonhos, lágrimas insossas dos que fingem se importar e apenas o silêncio totalmente relevante da inevitável humilhação. Quisera ser mais claro pra se fazer entender...Mas o cristalino agora está sujo de sangue.
Câmeras, luzes, ação...Corta.