quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ignore se quiser.'

Quatro meses haviam passado. Os raios de sol finalmente começavam a clarear minha vida. Eu me sentia bem... Não feliz, mas... Bem.
Fui levando. Fui vivendo.
Certo dia acordei com frio numa manhã levemente escura. Olhei o céu e me aflingi com os tons de cinza, aquela complexa e aconchegante cor dolorida, o quase-preto das lembranças.
Nada podia ser feito. Nada podia impedir. As núvens estavam cada vez mais carregadas e meu coração já palpitava em dor.
O sol ameaçou aparecer novamente por uma ou duas vezes mas foi apenas pra alimentar minha falsa esperança idiota.
O tempo foi passando com uma 'calmaria arrastada', pesado, lento... Até que choveu. Choveu forte. Tão forte que parecia ser capaz de levar tudo junto dela.

Ele se foi.

-É tão dificil enxergar um sentindo qualquer. Sabe, num intervalo de quatro meses, quando eu achei que poderia respirar, perdi outro alguém e voltei a ser sufocada pela dor. Quando vai passar de vez? Meu coração está machucado. Cansei dessa penumbra.
A vocês leitores, peço desculpas afinal vocês não precisam saber ou ler nada sobre isso, mas não pude conter, eu tinha que desabafar.

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Gonçalo Rodrigues de Oliveira.
Sentirei incalculáveis saudades tua, vô.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Confusa.'


O meu erro foi acreditar. Foi confiar a todo momento que era um sonho e que eu estaria segura enquanto fugisse da realidade. Fechei os olhos e segui sem medo confiando na essência embriagante de amar. Meu maior erro foi cair em sono profundo, foi não viver, foi não despertar a tempo suficiente de notar que tudo havia se tornado um pesadelo... E te deixar partir.

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O despertar na madrugada, o silêncio perturbador e a falta de compreensão, todo um semblante de estranheza estampado nitidamente no olhar ainda adormecido em pensamentos. O ambiente era uma rejeição gritante, tudo mudado, tudo transformado numa penumbra. Quase sem controle ela tentava recordar o momento em que decidiu dormir, o segundo em que resolveu fechar os olhos e mergulhar na ilusão que sempre desejou, mas cada lembrança parecia infinitamente distante.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

-'Contraditório.

"Acreditar no impossivel seria o mesmo que enxergar um pouco de vida, em quem já morreu."

-M

quinta-feira, 1 de julho de 2010

"[/costumoacreditarem6coisasimpossíveisantesdocafé]."


Não. Pode ser quase tudo. Do incerto ao improvável, mas nunca será decididamente impossível. Não pra mim. Sempre costumei dizer que sonhos servem apenas pra quem se recusa a enxergar a realidade e prefere esconder-se por trás de ilusões bobas e sem fundamento. Mas acreditar na possibilidade de algo extremamente difícil não é sonhar. É acordar pra tentar fazer o que todos se julgam incapazes. Eu posso. Eu quero. E eu terei. Nada que desperte em mim o encantamento dançante de um brilho no olhar pode ser desperdiçado. Por isso, eu correrei atrás, a cada segundo, sem desistências, temendo apenas por cansar antes do tempo, mas agarrando-me a cada dificuldade como uma doce razão pra continuar.