quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sobre as interpretações.

Contenho em mim, uma série de emoções que não me permitiria expor e desde sempre as refugio nos meus textos e nas minhas viagens, escondidas pelas entrelinhas do que escrevo. Todas as noites antes de adormecer, eu apago a luz do quarto e mergulho no silêncio agradável das madrugadas, fantasiando um mundo só meu, onde as coisas acontecem como eu acho que deveriam ser. Daí eu crio diálogos, discussões e um caminho cheio de possibilidades supostamente impossíveis, eu não forço sorrisos e não escondo os meus medos, não há nenhuma censura me impedido de agir conforme as minhas vontades e ninguém me julgando pelo egoísmo das próprias leis. Dentro de mim, acontece de tudo um pouco e absolutamente nenhum de vocês seria sequer capaz de tentar entender se eu não escrevesse esses meus contos, se não tivesse criado nesse blog, uma forma de desabafar e eternizar esse meu 'império de sonhos'. Entendo que possa haver alguém que se importe comigo e queira saber o que se passa nessa minha bagunça, mas não admito que venha até aqui e julgue, censure e ainda tire conclusões erradas sobre o que lê. Críticas assim como os conselhos são extremamente essenciais pra mim, mesmo que em grande parte das vezes eu ignore o que dizem, ambos me servem de base pra que eu entenda e saiba qual parte de mim venho expondo. Me bastam as minhas próprias censuras, os meus próprios receios, minhas regras, eu não preciso de ninguém pra me privar ainda mais de mim mesma.

Nikky Oliveira

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Valentine's Day, chocolate branco.

-Sabe o grande problema de tudo? [Sorriu leve] O amor me assusta.
-[risos] Você não pode ta falando sério... ’
-Claro que posso. Me assusta saber que tenho em mãos o coração de alguém quando nem mesmo o meu está seguro comigo.
-Ah, mas a vida não é assim tão conotativa! Não há nada de errado em amar alguém. –‘
-Eu não disse que amar alguém é errado; só quis dizer que ‘ser amado’ assusta, ué! Não que amar seja completamente bom, mas ‘ser amado’ é ainda pior pra mim.
-[risos] Você me deixa confuso, complica demais as coisas... Isso não te cansa?
-Claro que cansa, isso me deixa exausta, sabe? Me tira o fôlego. Às vezes eu tento não pensar em nada pra não acabar me prendendo outra vez nisso tudo. [Esboçou um sorriso] Mas me cansa pela falta de caminhos que resolvam e não por ser supostamente confuso, por que pra mim é bem simples.
-[O outro balançou negativamente a cabeça] Explique melhor então.
-Simples, bem simples até. [Respirou fundo] Eu posso amar, por mais ingênua e idiota que seja ao fazê-lo, mas não posso ‘ser amada’, por que nesse caso cresce em mim um certo pânico, sabe? Eu tento fugir pra longe o mais rápido possível, antes que cause estragos irreparáveis. Ah! E se eu for amada, não posso sob hipótese alguma, saber disso.
-Realmente estranho! [Risos] E se eu disser agora que te amo?
-Não o faça.
-Tá! Não vou dizer, mas você sabe que sinto.
-Você disse idiota!
-Não disse ‘Eu te amo”, eu disse que sinto.
-Dá no mesmo, agora eu sei que você me ama. –‘[Parou pensativa] Se bem que nesse caso, não faz diferença alguma por que sei que não é verdade.
-Háhá! A sua cara, acreditar no que lhe é mais conveniente mesmo!
-Mas ‘amar’ não é assim tão simples. Você não pode simplesmente olhar pra alguém e dizer que ama, assim desse jeito.
-Como não? “Eu te amo, eu te amo, eu te amo” e vou repetir isso quantas vezes quiser por que não importa o que você diga ou o quanto isso supostamente te assuste, essa é a minha verdade.
-[Confusa] Você é meu melhor amigo, certo? Amigos amam! É irmãozinho não assusta, esse amor, só esse, é bom. [Sorriu]
-Ah, então você anda classificando amores pra fugir daquele mais pleno e inclassificável que sente?
-Caramba! Você complica demais as coisas, isso não te cansa?! [Ela sorria já se divertindo com a conversa]
-Cansa sim, te entender é extremamente exaustivo. Mas amar, 'amar' nesse caso é bem simples até.
-Explique melhor. [Em tom de desafio]
-Eu amo você. Ponto. Eu amo.
-Tá, eu também amo você, mas esse 'amor', ele...
[O garoto a interrompeu]
-Ele é amor, só amor, não importa 'como eu te amo' por que isso não vai mudar o fato de ser 'amor', simples, direto, pleno, é amor o que eu sinto por você, garota idiota!
-[Assustada, ela tentava sorrir] E agora?
-Agora? Não mudou ainda, eu acho. [Piscou o olho]
-Não! E agora, meu Deus, você me ama! O QUE EU FAÇO?
-[Gargalhando] Agora, eu espero que você tente fugir por que você é uma idiota e eu sei que vai faze-lo. Vai fugir de mim o quanto for necessário até perceber que me ama também e 'ama de verdade' do jeito que não dá pra classificar...[Pegou na mão dela] Daí, nesse instante em que você notar, vai me procurar assustada com medo de ter se perdido de mim, e só quando for um pouco menos boba, vai ver que em nenhum instante eu 'soltei a tua mão' e que não há motivo pra temer enquanto eu estiver por perto...[Pausou e respirou fundo]...Te amando.



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Humanamente mais que amor.


                      [...] Entretanto, inevitavelmente eu vou errar contigo e te decepcionar incontáveis vezes. Você vai se surpreender com atitudes que nunca imaginei ser capaz, sejam elas boas ou desprezíveis. Vez por outra, quando em uma das minhas bagunças internas eu estiver com a cabeça cheia, talvez exploda em ti atirando-lhe verdades desnecessárias ou extravasando da mais inadequada maneia, toda a impulsão que se faz em mim. Vou te irritar com minha infantilidade orgulhosa, e talvez até te desaponte diante dos teus outros amigos. Vou silenciar pra não ter de te julgar, quando ao seu tempo você estiver cometendo as próprias idiotices. Mas não vou poupar-lhe de tapas que a vida possa ter te aliviado, se estes puderem te servir de alerta pra que não ajas feito um tolo. Por várias vezes, vou esconder muito do que sou... mas não pense que é falta de confiança pois ao contrário do que possa vir a imaginar, estarei incansavelmente a todo instante tentando evitar uma próxima falha, um novo erro. Haverão dias em que vou precisar de ti tão intensamente, que talvez até me envergonhe de demonstrar tamanha dependência, e bastará um simples abraço ou um olhar de compreensão, pr'eu desabar no teu ombro mais algumas das velhas lágrimas. Serão passos tortos, tropeços, quedas... mas em contraste a tudo isso, te prometo com convicção que sob hipótese alguma, mesmo que me doa ou que o mundo inteiro crie circunstâncias adversas, eu nunca vou te deixar sozinho. Ao meu jeito, aos meus defeitos e incondicionalmente ao amor que lhe tenho, te peço que não desista de mim quando eu acabar deixando explícita toda a minha imperfeição, que não se renda às minhas criancices e que saiba me perdoar por todas elas. Amizade é um conceito bem mais complexo do que as pessoas costumam definir, e em toda sua veracidade existe um "pra sempre" esperando até que as pessoas se mostrem merecedoras de conhece-lo. O nosso eu já enxerguei... e você, consegue vê-lo?

Moniky Oliveira
{das cartas que não enviei}

domingo, 27 de novembro de 2011

Metáfora viajante.

Mais um passo até chegar no precipício, encarar o chão lá de cima e ter que decidir sob aos próprios medos, se vale a pena sentir a adrenalina de se jogar. A queda vai ser o ápice das tuas decisões mas cabe a você, escolher por curtir a paisagem enquanto voa livre pelo céu, ou se preocupar com o que pode acontecer quando chegar lá em baixo. Há sempre um para-quedas contigo, pronto pra abrir no momento certo pra você chegar em segurança, mas se ficares nessa inquietação de medir o futuro, pode ser que nem lembre de abri-lo, e assim, não consiga se salvar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

‎",você rabisca o papel até a história estar praticamente ilegível, amaça, rasga algumas partes, joga no canto escuro do quarto como se fosse insignificante... mas passe o tempo que for, um dia aquela garota volta, retira do lixo o que restou dele e reescreve toda a história nos espaços que sobraram no verso da folha."
Moniky Oliveira
-trechos de um conto errado.-

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

terça-feira, 1 de novembro de 2011

,mera bagunça.

"Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder." 
Abraham Lincoln


Assistir alguém vacilar um suposto caráter diante de uma pequena amostra de poder, foi o suficiente pr'eu abrir os olhos e acordar antes que a vida me desse mais um tapa em alerta. Um frasco de veneno lhe teria sido menos ofensivo, aposto. Eu a vi fazer silêncio forçando um semblante qualquer de ironia, como se mesmo após a compreensão do erro, pudesse se fazer superior. Ingenuidade dela pensar que poderia enganar aos outros exatamente como engana a si mesma, ignorância cogitar sequer a possibilidade de que os demais personagens fossem  patéticos como tal. Haviam palavras suspensas, cortantes, engasgadas na garganta de quem tentava resistir e manter o salto intacto por mais que a ideia de joga-lo certeiro na cabeça da outra, fosse tentadora. Mas por quanto tempo pode suportar alguém que se mantém curvado sob a ignorância alheia? Até que temperatura o sangue de alguém aguenta fervilhar por entre as veias, sem ao menos rebater com qualquer resposta que fosse, qualquer uma das perguntas desafiadoras? Não se brinca com humanos, alguns deles sentem e por mais idiotas que sejam, um dia cansam como eu cansei, cansam de implosões que só machucam a si mesmos e explodem  levando com eles o mundo hipócrita que se fez ao redor. O problema? É que implodindo ou explodindo, a dor vai ser a mesma no final e as perdas que vão resultar talvez só piorem os machucados. Aprenda, você não é superior a absolutamente ninguém. E nem inferior.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

,desiguais.

.DUAS PALAVRAS GIGANTESCAS.
Sinto Muito
(A Menina Que Roubava Livros)

Era tanto egoísmo transbordando por entre as vontades, que finalmente me vinha a compreensão do quão idiota era insistir em tudo. Parar de me importar assim tão fácil com um simples conceito novo, era algo completamente inviável, porém ao menos agora eu era capaz de enxergar os defeitos. Não que eles pudessem ser os responsáveis pela minha desistência, pois como devo ter mencionado há pouco, me apaixonei até mesmo por cada um dos teus erros, mas tenho plena certeza de que agora toda vez que meu coração palpitar ao teu encontro, terei fortes argumentos pra faze-lo aquietar-se dentro de mim. Nunca achei que um dia finalmente pudesse voltar a ter qualquer controle sobre meu coração piegas, mas parece que agora depois de tanto tempo, o tenho em minhas mãos -não está intacto nem vazio como antes-, mas está seguro e assim o manterei até que esteja livre de qualquer 'sentir'. Fica combinado então, você segue sua vida e eu tento levar a minha adiante, okay? Mas não me venha com esse olhar que procura o meu como se ainda pudesse fazer o mundo parar, como se 'ir' ou 'ficar' ainda não fosse uma certeza. Não tem volta, amor, as doses de esquecimento que você me empurrou surtiram exatamente como desejado, estou apagando você de mim e dessa vez nem mesmo a saudade vai me fazer fraquejar.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Direta.


Um conselho, é uma mera manifestação solicitada da opinião de alguém sobre determinado fato. Não é, absolutamente, nada além de uma nova possibilidade a ser ou não seguida. Se tu buscas algo que te agrade sobre a tua vida, então amor, experimente ao invés de pedir conselhos, uma boa dose de superficialidade. Nada é tão simples, acorde.

Nikky Oliveira

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Étoiles Perdues

Era chegada a hora da despedida e ainda àquela altura, ela implorava ingênua pra acordar daquele pesadelo. Pois querer ficar, já não era o bastante pra mante-la ali. Todo aquele 'sentir' chegava-lhe agora como uma forte ventania, e de tudo que levava, não havia nada que pudesse ser reconstruído. Coração arrancado, motivos, razão. Acredito que não há nada mais exaustivo que se sentir um fracasso, e o cansaço inevitável que a tomava, ia transbordando inteiro feito em lágrimas. Contentar-se agora com algumas poucas palavras imperfeitas, era notavelmente inútil, pois nenhuma delas era capaz sequer de expressar sua mais superficial intensidade, por isso, os tantos rabiscos feitos em cartas não envidas, os personagens perdidos por histórias sem final e as reticências, que em toda parte estavam pra lhe fazer lembrar o quão incapaz era, de manter-se a posto depois das inúmeras quedas. Ela perdeu o sentido até pra si mesma, e todas as direções se esvaiam em átimos de segundo aos seus pés. Era chegada a hora da despedida... outra vez, até que alguém lá em cima, finalmente se cansasse da travessura infantil de lhe tirar àqueles que mais se importavam. Estava se acostumando com a solidão, e era esse, seu maior temor.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Outra vez, o tom de cinza nas núvens.

Repetia frases feitas com tanta convicção que vez por outra, eu mesma me encontrava tendo de decidir se podia ou não acreditar no que tinha acabado de falar. Mas fazia isso como uma espécie de proteção, sabe? Se ousasse dizer o que realmente estava sentindo, aposto que em menos de alguns segundos, estaria completamente sozinha sob incontáveis olhos julgadores. Talvez houvessem mesmo aqueles que ficariam por perto segurando a minha mão, esperando pra fugir ao meu lado quando eu decidisse explodir, porém, já me senti sozinha por tanto tempo que é extremamente dificil acreditar que haja alguém disposto a cuidar de mim. É, 'havia um nó na garganta impossível de expressar em palavras', ia me sufocando lentamente, tirando a respiração, mecanizando os sorrisos... Acabou... Acabou e eu estava partindo como quem tem plena certeza do quanto ainda está por vir mas é covarde demais pra se deixar sentir.

domingo, 18 de setembro de 2011

Embora fizesse todo o possível pra manter a cabeça erguida, era inegável em seus olhos o esforço que fazia pra conter as lágrimas. Não que ainda fosse tolo o bastante para amar alguém que nem ao menos parecia se importar, mas sentia tamanha falta de tudo...era tanta saudade apertando-lhe o peito que por vezes,até para sorrir tinha dificuldadeNa cabeça, a sensatez disputava com os pensamentos involuntários que insistiam em repetir velhas cenas, frases, cartas enviadas, instantes passados... Reaprendeu a andar, passo a passo, pouco a pouco, até conseguir finalmente seguir em frente olhando pra trás o menos possível. Vez por outra, ainda tropeça nos próprios pés, é verdade, mas ele cresceu tanto com tudo que agora consegue enxugar as próprias lágrimas, levantar e seguir outra vez. E mais uma, e outra, e quantas vezes forem necessárias pra finalmente conseguir correr.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Aperto no peito.


Precisava de um tempo pra mim mesma. Pensar, pensar, pensar... Talvez a vida, assim, se tornasse menos complicada, um pouco mais organizada, entende? É que quando eu paro pra observar meus dias, encontro tudo tão fora do lugar que nem mesma 'eu' me encaixo nessa rotina de vontades contidas, sonhos esquecidosfrustrações repetitivas... Acordar e seguir o dia como se pudesse fazer diferente e sempre dar de cara com a incapacidade dolorosa de fazer mudar. Respirar fundo ao abrir os olhos e por mais irônica e incrédula que soe, repetir pela milésima vez mais um:"-Meu Deus, o que mais pra hoje?" num suspiro derrotado que vem do cantinho profundamente tímido do mais inquieto dos corações. Tem parecido um sonho, sabia? As vozes, os acontecimentos, as pessoas se distanciando... ou talvez, seja apenas eu quem quer acreditar nisso; "-É apenas um sonho, tudo vai ficar bem quando eu finalmente despertar."

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ultimamente.

"Não que sofresse por amor, o que sentia era um pouco mais complexo, estava frustada pela falta dele."
 Moniky Oliveira

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Você não saberia.

Quebrar a privacidade alheia era -naquele caso- como expor e jogar em praça pública, um coração ferido. Pior que os olhares de crítica, tinham também os murmúrios daqueles que nada fazem de útil com suas vidinhas medíocres além de brincar de ser Deus e julgar uns aos outros. Hipócritas idiotas.
Baldes de água fria e salgada em seus sonhos, lágrimas insossas dos que fingem se importar e apenas o silêncio totalmente relevante da inevitável humilhação. Quisera ser mais claro pra se fazer entender...Mas o cristalino agora está sujo de sangue.
Câmeras, luzes, ação...Corta.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011


Eu constantemente me perco do que deveria ser, então, debaixo de sete chaves mantenho guardado em palavras tudo aquilo que eu queria viver e evito pra não decepcionar ninguém. Grande parte é imaginação, é refúgio... e o que há de mais cinza e superficial dentre tudo que é dito, faz parte da minha realidade. Tem noites em que a confusão de pensamentos evitados é tão intensa que minha cabeça doí, grita... Ah, mas eu vou tentando resistir, sabe? Ficar quieta e aguentar como todas as outras pessoas, mas só consigo adormecer se desabafar - lê-se: desabar - em algumas entrelinhas onde deixo subentendido meus mais profundos e sinceros medos. Toda e qualquer frase minha, silencia um 'querer'. Querer dizer, querer fazer, querer viver e somente, sobreviver. Tu me roubastes o pouco de coragem que tinha e hoje vou sufocando sem conseguir fugir.
Tenho me sentido tão sozinha... tão pequena. Temo que minha vida seja uma eterna espera... um dia, eu consigo resistir "e vou voar pelo caminho mais bonito." (8)

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Por mais que meus recentes posts estejam diferentes, e/ou não façam muito sentido, eles são válidos pra mim, são recordações nítidas que tento guardar aqui, entende?
Abraço, até mais.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Querido.


Tem um nó na garganta que eu não consigo expressar em palavras,
escreve, deleta, risca, rabisca, apaga.
Já tentei perder a lucidez pra me afastar dessa bagunça toda.
Antes fosse meu quarto apenas,
mas é cabeça, é coração.
Cada um, tem a verdade que deseja enxergar,
olha, observa, e pensa...acha mesmo que algum dia escondi algo?
Indefinido, não omitido.
O tic-tac do relógio irrita, porque grita ritmado no compasso exato da
exaustão que sinto pelo meu dia, foi tudo tão cansativo, tão igual.
Peço perdão e digo que não é o que quero, fujo dos olhares pra não
ter que vacilar diante das expectativas inúteis que insistem em criar
pra mim, sobre mim.
Fugir, fingir, tentar. Parece que o tempo todo eu tento dar vida aos
personagens que escrevo...Mas eles não respiram, são sufocados por
suas próprias essências proibidas.
Calar pra não decepcionar tem sido o mais amargo dos venenos,
não pense é fácil toma-lo, que não é doloroso.
Quem procura muito, acaba achando o que temia ver...E você me
encontrou, nas linhas tortas daquela folha roxa, na rotina descrita,
e nos pecados listados.
Teu erro, foi não observar as entrelinhas.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ultimamente.


Esforçava-se pra ser mais direta, dizer tudo que pensa, sente. Nas noites, antes do sono chegar, ficava repetindo futuras cenas, ensaiando as melhores falas, entonações, eliminando erros. Na hora da ação, ainda que tivesse tudo minimamente planejado, gaguejava tola com o coração disparado e o rosto rubro feito criança envergonhada, patética. Passou a vida inteira tentando frear seus impulsos, diminuir arrependimentos, mas a pouco, decidiu pensar menos, pular de cabeça em cada vontade e jogar os 'para-quedas' pro alto, deixa-los pra alguém mais sensível. Não que fosse forte, pelo contrário, sentia-se extremamente pequena diante das pessoas ao redor, mas enganar-se ultimamente parecia estar funcionando bem. A garota, tinha inexplicável fascínio por tudo aquilo que estava longe do seu alcance, que era proibido ou cheio de regras pra quebrar.Irônico vê-la -ingênua- tentar seguir o caminho imposto com o coração gritando em alerta, não é o que ela quer, nunca vai ser.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Polaroide.

Aquele sorriso era como passaporte,
céu ou inferno dependiam dos anjos ou dos demônios que lhes davam as mãos no momento.
Sentença pelos pecados,
salvo pela relutância,
mas até quando conter vontades lhe custariam falsas auréolas?
Querer também condena e se enganar de cabeça erguida não é página virada.
Rabiscos não apagam sentidos,
sentir, sem ti.
O tempo vai tatuando lento, -nada de vaidade, pecado a menos-,
pele limpa, alma suja.
Verdade ou consequência ?
Cara a tapa, água fria e harpas irritantes sussurrando velhos medos,
ainda sente calor?
inegável em essência, admita.
És livre enquanto quiseres, resista se for capaz.

sábado, 16 de julho de 2011

Orgulho Bruxo (15/07/11)

As luzes apagaram. O ambiente aflito era unânime. Só restariam algumas horas até que tudo tivesse acabado. Meu coração, -como o de muitos, sem dúvida-, surtava em meu peito, inquieto, nervoso. Poucos segundo se passaram até que o real 'início do fim' começasse a aparecer.
Agitado desde o início, o filme não teve ponto baixo, era tudo parte de um caminho surpreendente. Ver o que imaginei por tanto tempo, se transformando em imagens na minha frente, é como fazer da história toda ainda mais real, ainda mais mágica.
Uma onda de admiração e receio se fez nítida no meu olhar apreensivo, eu observava cada detalhe nas cenas com ânsia como quem se despede pouco a pouco, afinal, 10 ou 11 anos são uma vida, um mundo que agora estava se esvaindo diante de mim.
E me vinham lembranças, frases, tanta coisa que aprendi com aqueles filmes, com os livros. Eu vi o valor de uma amizade quando nem mesmo tinha uma pra comparar, os primeiros livros me fizeram sentir o quao importante era não estar sozinha. Depois fui vendo que coragem não é simplesmente cruzar com um 'destino' que te obriga a lutar, é enfrentar tudo de cabeça erguida, cair e levantar mais forte, é enfrentar nossos medos, abrir câmaras secretas, entrar em 'florestas proibidas'. Entendi, que magia existe, sim, e 'naturalmente está acontecendo dentro da' minha cabeça, 'mas por que é que isto deveria significar que não é verdadeiro?' E mesmo que o 'lado ruim' pareça obviamente mais forte, valerá apena lutar -por mais vunerável que possamos parecer- em memória de todos aqueles que acreditaram até o fim.
E foi com uma trilha sonora inconfundível que nós todos dissemos 'adeus' àqueles personagens, àqueles heróis que nunca serão esquecidos.

J.K.Rowling, obrigada por nos fazer conhecer um sentido diferente pra vida em Harry Potter.

http://www.youtube.com/watch?v=gWKEXvtsWRE

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estava Exausta


Eu precisava brincar com os sentimentos de alguém, exatamente como fizeram comigo. Queria com uma urgência tão atordoante como se pra continuar, eu tivesse de provar pra mim mesma e pra todos aqueles que riram da minha dor, que eu não sou a única patética, que essas cicatrizes em meu peito, são comuns em outros ingênuos. Precisava mostrar-lhes que o amor pode, sim, ser um jogo que derruba, maltrata, magoa, mas um dia você levanta -pronta pra praticar o que aprendeu- e destruir outras ilusões. É, eu necessitava saber que mais alguém perde o sono por um choro contigo, e que sofre abstinência por uma presença que se faz incerta, por um "sentir" que sufoca. Precisava me fazer entender que o erro não foi meu, mas podia ser.

Meu heterônimo, Sophie Humphrey.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

#CoraçãoDeTinta

Tenho tentado cometer erros. Mergulhar em algum 'sentir' exagerado, intenso, impulsivo... Só pra ter o amor se repetindo, as decepções, e pintar um presente por cima do meu passado; só pra apagar de vez o que já não está por perto. Tenho tentado fingir que é possível esquecer, que é fácil seguir e que pode existir um outro alguém que me faça perder os sentidos, a razão...

Assim...


_________Eu sou o erro não cometido, a luz apagada e a amizade que alguém não quis. Sou o amor rabiscado num coração tatuado - a oculta cicatriz -. Sou a dosagem exagerada de esquecimento pro que fiz sentir, o final do que nem teve começo. Sou isso, sou aquilo, e com tantas definições, não me reconheço. Eu sou a página virada de um livro mal julgado, sou a lágrima que o silêncio não calou, a palavra riscada, o passado forçado. Sou quem não deveria , mas acabei me tornando. Sou a mentira do musico, a verdade de quem acreditou. Sou isso, aquilo, e não queria ser quem sou.______________________________________________




Sei que esse texto, meio que foge de como eu escrevi os mais antigos, mas eu precisava posta-lo - significa algo importante pra mim -. Agradeço por virem, voltem sempre. Abraço de urso,

'Moniky Oliveira ;;

domingo, 8 de maio de 2011

#VanuzaLopes_FelizDiaDasMães

"Ela está em todas as coisas,
e até no vazio que me dá quando vejo a tarde cair,
e ela não está...
Talvez ela saiba de cor,
tudo que eu preciso sentir...
Pedra preciosa de olhar,
ela só precisa existir
PARA ME COMPLETAR."
Jorge Vercillo


Procurei palavras, gestos, frases e mil outras formas de expressar o meu amor. Não encontrei nada complexo o bastante... e foi assim que resolvi ao menos tentar descrever o que eu sinto.

Ela é tudo que há de mais importante pra mim, minha razão, minha vida, minha fortaleza. E mesmo com meu jeito estranho de demonstrar isso, mesmo com meus erros, com meus deslizes e imperfeições, tudo que eu mais queria num dia como hoje, era homenagea-la adequadamente.
Sabe quando você se sente amada sem pretensões, amada pelo que você é, ou simplesmente por exisitr?! É assim que eu me sinto.
Desde sempre, ela fez o impossível pra me ver sorrir, me deu carinho, força, e me ensinou tudo que sei hoje... foi ela, quem esteve do meu lado em cada instante difícil, quando ninguém mais estava por perto.
Já dissemos coisas que magoaram uma a outra, mas quem disse que esse amor é perfeito? Soubemos perdoar e é isso o que realmente importa.
A melhor, e mais chata do mundo -risos-, a mais amiga, carinhosa, superprotetora -risos-... É, definitivamente tenho sorte de ser tua filha.

Enfim, Mãe, eu te amo mais que tudo nessa vida, mais que a própria vida. Desculpa pelos meus erros.
Feliz Dia das Mães.

terça-feira, 19 de abril de 2011

#Relato.


E depois de tanto tempo, eu voltei a vê-lo. Eram ainda encantadores seus olhos, que prendiam os meus como se tivessem as mesmas indagações que eu, mas confesso, não foi fácil estar ali sem derramar nenhuma lágrima. Exatamente como previ, foi o silêncio que respondeu grande parte do que eu queria ter gritado a ti, ao destino e a quem quer que tenha nos separado. Dessa vez, teu sorriso não me acalmou como o fazia em noites de chuva, e enquanto eu forçava retribuí-lo, meu coração palpitava piegas, inquieto em meu peito, com todas as cicatrizes se mostrando tão dolorosamente vivas quanto poucas vezes imaginei estarem. E ficamos assim, nos observando quietos, tão distantemente próximos... Ambos contendo a vontade que tinham de esquecer quem foram pra mergulhar sem medo na mais sutil possibilidade de recomeçar sem erros.

Moniky Oliveira.

sábado, 16 de abril de 2011

#reinotrágico'1

Eu só queria que você sentisse orgulho de mim.
Mas se espera que eu mude, desista. Eu jamás
fingiria ser alguém pra te agradar.
Sinto muito decepciona-lo, daddy, essa sou eu.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Vous êtes pathétique!

Era ódio que eu sentia. Uma repulsa tão forte que me arrancava lágrimas frustradas pela mais contida das minhas vontades...Mas não valeria a pena te fazer despertar desse mundinho inventado em que você se esconde, tua verdade agora é inútil e desprezível pra mim. Espero te apagar da minha vida e nunca mais ter náuseas ao ver teu sorriso patético, ou ânsias de vômito com esse teu olhar irônico. EU DEFINITIVAMENTE E IRREVOGAVELMENTE, ODEIO VOCÊ!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Que Restou.

A rotina era a mesma, os caminhos iguais e os objetivos ainda eram aqueles que planejamos em uma das tantas tarde que passamos juntas. A amizade foi tamanha, que os olhares trocados em silêncio mostravam claramente, a falta que fazia. Quanta saudade... Quanto orgulho.

Brevemente Sobre Uma Garota Com Perguntas Irrespondíveis.

---ANTES DE TUDO, QUALQUER SEMELHANÇA É MERA COINCIDÊNCIA.---

Ela ignora qualquer conceito de pecado, derruba todas as regras com suas próprias leis, erros, vontades... e não existem palavras intensas o bastante pra fazê-la mudar de caminho. A garota vive o que lhe faz bem, imersa nesse egoísmo necessário de sentir a plenitude dos seus desejos se tornando reais. É difícil encontrar-se quando se tem no passado, uma história incompleta, que simplesmente chegou ao fim e isso talvez justifique todas essas tentativas dela, de seguir por caminhos mais fáceis de se perder... de esquecer. Ela questiona minhas definições de amor, mas não consegue mostrar argumentos plausíveis que me façam entender o por que dela pensar assim. Tem mil teses que explicam cada uma das atitudes de quem a rodeia... é como se ela tentasse se fazer acreditar no que é mais agradável. Seu mundo é longe de ser perfeito, mas ela tem um fascínio por toda essa imperfeição, por toda essa fuga do normal.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Devaneios.

Ela desafiava o amor. E não era pelo simples prazer de subestimar tal sentimento que se fazia tão distante pra ela, mas sim pois estava cansada da superficialidade que era fugir do mesmo. Ela queria sentir. Desafio, regras, jogo. Odiava quando alguém duvidava de sua capacidade. Ela já amou e é completamente capaz de repetir o erro. Um dia foi pleno em sua certeza. Fugiu. Aprendeu. É, por que se apegar às pessoas, dói. Ainda mais, com toda essa travessura do acaso que sempre faz questão de levar ao mesmo final. Quem vem, parte, deixa, vai embora. Mas ela, depois de tanto tempo, de tantas lembranças, de tanto fascínio pela chance de esquecer, entregou-se em uma única vontade... Ela desafiava o amor.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Definitivamente, eu não sei o que quero.

Queria tudo e nada ao mesmo tempo. Desejava, sonhava, planejava ir pra bem longe, perder-se no mundo sozinha, no silêncio ao mesmo tempo em que bastava continuar deitada ali, sob as estrelas, pensando, estagnada entre a vontade de viver uma tempestade e o medo de ouvir os trovões.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Elle me connaît très bien.


Ela queria tornar-se invisível por algumas vezes só para saber como os outros existem...só assim ela poderia chegar bem perto, sem constrangimentos. Teve que abandonar seu amor pois já adivinhara a sua inevitável partida. Quando as coisas de sua vida exigem compromisso assumido, ela precisa partir para que sua personalidade não seja questionada ou sequer criticada por quem definitivamente se recusa a tentar entender. De alguma forma, ela parece estar sempre fugindo de si mesma, mudando constantemente...E isso é apenas mais um mistério de sua solidão necessária. Com ela, só com ela, a solidão combina de tal forma a parecer que é a melhor companhia para enfrentar seus próprios medos.- (Engano). Muitos poderiam ter motivos para odiá-la, mas quem a conhece, quer conhecê-la pra sempre.- Se não fizer sentido algum, é por que alguém vai estar tentando pensar por ela, tentando colocar palavras em sua boca. E se ela disser adeus?! Ah, seu adeus, é definitivo. Não espere que ela repita uma situação do passado. (Por mais saudade que sinta). Ela nunca mudaria a si mesma, com doses de esquecimento. (Por mais que finja tal desejo). Até seus erros parecem certos...Isso porque somente ela, agiria assim. Gosta de preencher todas as lacunas, porque pra recordar tudo, ela precisa escrever e reinventar suas verdades esquecidas. -É uma autêntica protagonista de sua própria vida e quando ela escreve, tudo parece ainda mais existente e invisível aos olhos alheios.- Sua memória lembra noites escuras onde só tem estrelas e o frio enervante...Mas isso é algo que a protege, aquece e fascina inevitavelmente...São naturais de si mesma, constatações inexplicáveis. Talvez só ela enxergue o que os outros fingem ver. Fato!
Hoje, eu escreverei sobre o amanhã, e inventarei um passado adivinhado. Apenas hoje, me reapaixonarei por tudo que amo.

{Renata Cibely - 24.01.2011}

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

C'est exagéré!


Não me ame. Eu vou te machucar, partir teu coração, te fazer chorar, ficar noites acordado pensando sobre nós, vou te decepcionar, mentir, fingir, vou fugir de todas as tuas expectativas, destruir teus sonhos e virar tua vida de cabeça para baixo. Eu sou assim e não posso fazer diferente, pois foi quando tentei, que me fizeram sentir todas essas coisas. Desculpe, mas afaste-se de mim ou torne-se um igual.