quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Querido.


Tem um nó na garganta que eu não consigo expressar em palavras,
escreve, deleta, risca, rabisca, apaga.
Já tentei perder a lucidez pra me afastar dessa bagunça toda.
Antes fosse meu quarto apenas,
mas é cabeça, é coração.
Cada um, tem a verdade que deseja enxergar,
olha, observa, e pensa...acha mesmo que algum dia escondi algo?
Indefinido, não omitido.
O tic-tac do relógio irrita, porque grita ritmado no compasso exato da
exaustão que sinto pelo meu dia, foi tudo tão cansativo, tão igual.
Peço perdão e digo que não é o que quero, fujo dos olhares pra não
ter que vacilar diante das expectativas inúteis que insistem em criar
pra mim, sobre mim.
Fugir, fingir, tentar. Parece que o tempo todo eu tento dar vida aos
personagens que escrevo...Mas eles não respiram, são sufocados por
suas próprias essências proibidas.
Calar pra não decepcionar tem sido o mais amargo dos venenos,
não pense é fácil toma-lo, que não é doloroso.
Quem procura muito, acaba achando o que temia ver...E você me
encontrou, nas linhas tortas daquela folha roxa, na rotina descrita,
e nos pecados listados.
Teu erro, foi não observar as entrelinhas.

2 comentários:

. disse...

Puta que pariu Nikky!
Já disse que te admiro pra caralho?
Nossa li esse post ao som de Nobody's Home, e quer saber? Adorei esse, mais um pra minha vasta listas de textos escristos pela Nikky que eu adoro. Te admiro garota, muito.

Danyelle Rodrigues disse...

lindo, perfeito, intenso, meu esse texto pra mim é o melhor de todos. Nikky voce vai ser uma futura paulo coelho rs s2