domingo, 6 de maio de 2012

Grande parte de mim.

Ontem, eu falei sobre 'escrever' como se fosse possível controlar as palavras, faze-las tomar algum rumo, algum sentido ou até, perder de vez qualquer que seja a razão. E enquanto falava, pensei em cada texto meu, em cada sentimento jogado num blog que em grande parte das vezes, eu tinha certeza que não seria lido por ninguém. Pensei nos meus preferidos, nos que me fazem chorar, nas lembranças que trazem e nas canções a que remetem. Mas sobretudo, eu pensei nas entrelinhas. Tem muita coisa escondida por entre as minhas palavras. E são tantas coisas que as vezes, eu mesma, não lembro bem o que quis dizer quando as escrevi, e acabo por perder a interpretação que quis, e encontrar uma nova maneira de ver tudo outra vez.
Eu poderia inventar uma história qualquer, é verdade, e confesso que já o fiz. Inventei mil histórias, criei mil detalhes e tentei dar vida a mil personagens. Mas é verdade também, que todos eles, por mais estranhos ou diferentes que fossem, por mais fortes ou pequenos que pudessem parecer, sem exceção, tinham escondidos em si a minha mais pura essência, a minha mais clara verdade e por fim, tinham nos olhos que apenas eu era capaz de enxergar, a confusão que sempre se faz na minha cabeça.

Um comentário:

Rafael Ferreira Pinheiro disse...

Pensar sobre escrever, acho que todo mundo que se dedica e tem prazer nesta atividade já pensou nisto.Sobre escrever e esperar ser lido sei como é isto,embora acho que você consegui exito ao meu contrario.E muito boa esta parte:"nventei mil histórias, criei mil detalhes e tentei dar vida a mil personagens. Mas é verdade também, que todos eles, por mais estranhos ou diferentes que fossem, por mais fortes ou pequenos que pudessem parecer, sem exceção, tinham escondidos em si a minha mais pura essência, a minha mais clara verdade e por fim, tinham nos olhos que apenas eu era capaz de enxergar, a confusão que sempre se faz na minha cabeça."Também faço isto, mas não sei se representa minha essência,talvez o que eu quisesse ser ou ,como gosto de colocar, minha pequena dose diária de alegria artificial.